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CONCORDO
com quase tudo o que António Guerreiro escreveu esta semana no Expresso, mas considero que ao colocar o centro deste debate na dicotomia Estado/Mercado se perde de vista o essencial, a saber, as relações de produção e a forma como os excedentes da produção são distribuídos.
A esquerda está em dificuldades precisamente por não ser capaz de avançar com uma alternativa ao assalariamento e à
distribuição de riqueza que lhe é inerente. Ao exigir emprego, e ao confundi-lo com o trabalho por conta de outrem, a esquerda está, aliás, a naturalizar e a perpetuar o assalariamento enviando à sociedade a mensagem implícita de que não há outra forma possível de organizar a produção.
Nem a propriedade privada nem as trocas mercantis são específicas do capitalismo; o assalariamento sim.
O aparente conflito entre Estado e Mercado é uma falsa questão. Na história da humanidade ambos sempre existiram e coexistiram (como aliás hoje em dia mesmo nos países mais "neoliberais").
Nem a propriedade privada nem as trocas mercantis são específicas do capitalismo; o assalariamento sim.
O aparente conflito entre Estado e Mercado é uma falsa questão. Na história da humanidade ambos sempre existiram e coexistiram (como aliás hoje em dia mesmo nos países mais "neoliberais").
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