segunda-feira, novembro 19, 2012

Rui Tavares falha arremesso de adjectivo




Cobardes foram as pessoas que, terminada a manifestação, ficaram a assistir ao espectáculo das pedradas durante uma hora e meia, proporcionando refúgio e "enquadramento popular" aos arruaceiros. Provavelmente desejando, mas não se atrevendo, ao arremesso mas delegando noutros de cara tapada. Se essa gente se tivesse retirado do local provavelmente os apedrejamentos teriam cessado num ápice. 
Mas esses "inocentes" não conseguiam prever que, dadas as circunstâncias, mais minuto menos minuto, haveria uma carga policial ? Julgavam que a carga policial, quando acontecesse, iria ser feita com punhos de renda (em que paraíso celestial há cargas policiais desse tipo?)
A geração do Rui Tavares vive provavelmente com a nostalgia romântica das grandes resistências, ouviram contar aos pais e aos avós com que riscos se enfrentou em tempos verdadeiras cargas policiais de um estado verdadeiramente repressivo.
Para satisfazer tal nostalgia o artigo pretende insinuar que vivemos num estado policial que suspendeu as liberdades públicas.
Num país onde os ministros são insultados na rua impunemente, onde o parlamento é cercado dia sim dia não com ameaças de incêndio, esta tese é pelo menos ridícula.
Mas acima de tudo é um branqueamento revoltante do fascismo que Rui Tavares, ao menos como historiador, devia saber o que é.


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1 comentário:

Anónimo disse...

Sem querer comentar a posição controversa desta questão, por falta de tempo,convoco à tua reflexão o testemunho de Sara Didelet (Será Fascismo,Abu Graib, Guantanamo, sequestro, tortura, tudo isto ?)
Saudações
JPedro