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Clara Ferreira Alves, no Expresso de hoje, dá um tiro no pé ao fazer uma descrição brilhante das maldades que se podem fazer quando se tem um canal de televisão.
Como toda a gente sabe, e melhor que ninguém o maquiavélico Relvas, a tentativa de abarbatar a RTP, que muito provávelmente está em curso, terá que ser feita contra a vontade das televisões privadas já instaladas.
Ora a Clara é precisamente funcionária de uma delas. O leitor é levado a pensar se este artigo não se integra numa qualquer campanha contra quem quer vir, com o tal canal, disputar o monopólio da manipulação que Clara tão eloquentemente descreve.
Ou as manobras e os golpes baixos são só dos outros?
Para se conseguir safar do massacre a que está sujeito nas TVs privadas o governo ainda vai acabar por decidir manter a RTP na esfera pública. E sem publicidade, para não concorrer com os privados.
Ao fim e ao cabo, quando comparado com os enormes défices do Estado português, o custo da RTP acaba por ser uma gota de água.
Mas uma gota que, em termos de popularidade, pode fazer para o governo toda a diferença.
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