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A China não parece estar à altura das responsabilidades que a sua dimensão económica lhe impõem no quadro da economia global.
Aproveitando a abertura dos mercados mundiais, proporcionada pela globalização económica do capitalismo, a China mais do que quintuplicou a sua produção anual em menos de 20 anos, representando actualmente 12% do PIB mundial (com 20% da população). Com um crescimento centrado nas exportações (8% do total mundial) e uma elevadíssima taxa de poupança interna (na ordem dos 50% do PIB), a economia chinesa acumulou sucessivos e volumosos excedentes na balança de transacções correntes com o exterior, amealhando reservas cambiais que deverão montar a perto de 5% do PIB mundial.
A "reciclagem" destas reservas ajudou a inundar de liquidez os mercados financeiros mundiais e a alimentar o sobreendividamento de economias deficitárias (onde se inclui Portugal, mas de que se destacam, pela sua dimensão económica, os EUA).
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Preferindo, conservadoramente, insistir na política das últimas décadas, de aposta nas exportações e em manter-se fechada sobre si, a China escolheu continuar parte do problema, em vez de co-liderar a solução. A consequência mais provável é que a crise económica dure mais tempo e cause mais estragos do que seria necessário, e que a Europa venha a ser o principal sacrificado (e perdedor). Na ausência do necessário ajustamento cambial do ‘yuan', acabará por ser o euro a pagar sozinho a factura da necessária depreciação do dólar, sacrificando o crescimento da economia europeia e, porventura, tornando deficitárias as suas tradicionalmente equilibradas contas externas. Enfim, como diz o povo na sua prática sabedoria, "uns comem os figos e a outros rebenta-lhes a boca".
"O falhanço da China", Vitor Bento no Diário Económico, 09.12.2009
É caso para perguntar: desde quando é que as estratégias económicas dos países poderosos são baseadas no altruísmo ? Não será ridículo pedir à China, onde centenas de milhões esperam ainda os confortos mínimos, para adoptar medidas que amparem aqueles que só cuidam de gastar o que não têm ?
Quando a China era fraca ninguém se preocupou com isso, agora que é rica pedem-lhe que cuide do mundo.
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A Síria ,a CNN ,a CIA e o MI6 disfarçados de capacetes brancos
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Há 19 minutos
3 comentários:
Completamente erradas as suas considerações.
O que Vitor Bento está a dizer é que a china tem de permitir aos seus habitantes aceder aos bens (importados) que eles desejam.
Resumindo, aumentar os salários dos seus operários, que hoje recebem salários de miséria, abrir o país às importações, pois mantendo o Yaun artificialmente baixo funciona como um barreira à entrada de produtos estrangeiros.
Caro Luís Bonifácio,
a política da China parece ser a de produzir internamente, na medida do possível, para o seu próprio mercado.
A melhoria das condições de vida de milhões passa por aí pois só dessa forma se criam novos empregos ainda que mal pagos.
O Vítor Bento pode não concordar mas tem que dar aos chineses a liberdade de escolher o seu caminho.
É muito fácil dar palpites sobre aquilo que nos convinha que a China fizesse mas não creio que seja fácil conduzir com sucesso uma economia da dimensão da economia chinesa.
Os EUA é que são os culpados,mai nada.Os CD Swaps e ooutras vigarices foram de lá que vieram e,sria engraçado os chineses verem-se livres dos dólares,que o apartchik qq Bento ia com os porcos...
Mas,se quiserem discutir economia vamos ler o resistir.info
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