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Sou de uma geração que cresceu a desconfiar das manifestações oficiais, ou públicas, de caridade.
"Vamos brincar à caridadezinha, festa, canasta e boa comidinha", cantava José Barata Moura, lembram-se?
Pois bem, hoje é quase impossível ligar a televisão ou abrir os jornais sem deparar com um colunável qualquer a "dar a cara por uma causa" maior ou menor.
Fazer bem aos outros voltou a ser um jogo de sociedade como antigamente e o exibicionismo da bondade esqueceu por completo o velho adágio "o que uma mão dá, a outra não precisa saber". Agora faz-se de tudo para que a outra mão saiba e o resto do corpo também.
As lutas por audiências nos meios de comunicação bem como as estratégias de marketing de todo o tipo de produtos usam a pobreza e o altruísmo como argumento de vendas ou mesmo de legitimação social da sua ganância.
Trata-se de uma moda que tudo invade despudoradamente. Simplesmente repugnante.
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Livros: doze sugestões de Natal
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*AUTOCRACIA, INC., de Anne Applebaum (Bertrand).* Lúcida, apaixonada e
vibrante defesa da democracia liberal num mun...
Há 8 horas
2 comentários:
Aplausos!
E depois outros há que oferecem caridadezinha (interesseira, diga-se!) e em contrapartida tratam os trabalhadores como escravos, querendo aumentar-lhes a carga horária em 4 horas diárias, mantendo-os na precariedade e "oferecendo-lhes" aumentos de 1%.
Cumptos.
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