quinta-feira, maio 19, 2005

Uma casa para a "colecção Berardo"


O lanche das crianças, 1918

A Colecção Berardo possui mais de um milhar de obras de artistas nacionais e estrangeiros de todas as correntes artísticas desde o início do século XX. Marc Chagall, Joan Miró, Francis Bacon, René Magritte, Pablo Picasso, Andy Warhol são apenas alguns dos artistas representados numa colecção de que os seus responsáveis se recusam a avançar o valor.
A Colecção Berardo está, desde 1996, depositada no CCB graças a um protocolo que tem sido renovado sucessivamente. E, até 2007, o acervo vai ficar naquele espaço.

Joe Berardo quer um projecto museológico como o do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, para albergar a sua colecção.
O Museu de Serralves “é o exemplo ideal” para acolher a colecção, que “tem de ter uma base permanente em Lisboa”, disse o comendador, que possui uma das mais valiosas colecções de arte contemporânea do Mundo.

Na opinião do empresário madeirense, o CCB seria outra alternativa a considerar, não só pela sua “independência” como também pela possibilidade das obras de arte ficarem expostas em permanência e não somente em exposições temporárias.

Quanto a outros possíveis destinos para o seu acervo, Joe Berardo sugeriu ainda o Pavilhão de Portugal (no Parque das Nações), o Museu de Arte Popular em Belém (actualmente encerrado), ou a construção de um edifício de raiz num terreno contíguo ao CCB.

A resolução daquilo que classificou de “batalha de longos tempos” cabe ao “poder político”, referiu Joe Berardo, que se mostrou “optimista” com a possibilidade do novo Governo resolver a situação.

Já vai sendo tempo de alguém, com elementar senso comum, aproveitar esta oferta e acabar com anos de adiamento sem sentido.
Dizemos nós.


(se quer ver a colecção on-line clique na imagem que antecede este texto)

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