Quis o destino que eu visse, no espaço de três dias, as óperas "A Valquíria" e "Dido e Eneias".
Nessas circunstâncias não pude deixar de as comparar e sentir, "na pele", como eram diferentes as sociedades da Inglaterra no século XVII e da Alemanha no século XIX para dar origem a obras com "atitudes" tão diferentes.
Numa tudo é graça na outra tudo pesa, numa tudo respira optimismo mesmo quando a tragédia se abate e na outra não se vislumbra qualquer saída, numa o amor é uma forma de os humanos tentarem construir o seu próprio destino e na outra o próprio amor é apenas a realização de um plano transcendente.
Dito isto convém esclarecer que considero as quatro horas passadas em S. Carlos como a oportunidade de "viver" uma experiência notável. A hora e meia passada no CCB foi bem recheada de canto e música mas, na vertente da coreografia, considero que as oscilações na qualidade foram muito grandes.
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