sábado, março 03, 2007

Dido e A Valquíria

"A magia do fogo" de Newell Convers Wyeth

"A Valquiria" no S. Carlos

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Quis o destino que eu visse, no espaço de três dias, as óperas "A Valquíria" e "Dido e Eneias".

Nessas circunstâncias não pude deixar de as comparar e sentir, "na pele", como eram diferentes as sociedades da Inglaterra no século XVII e da Alemanha no século XIX para dar origem a obras com "atitudes" tão diferentes.

Numa tudo é graça na outra tudo pesa, numa tudo respira optimismo mesmo quando a tragédia se abate e na outra não se vislumbra qualquer saída, numa o amor é uma forma de os humanos tentarem construir o seu próprio destino e na outra o próprio amor é apenas a realização de um plano transcendente.

Dito isto convém esclarecer que considero as quatro horas passadas em S. Carlos como a oportunidade de "viver" uma experiência notável. A hora e meia passada no CCB foi bem recheada de canto e música mas, na vertente da coreografia, considero que as oscilações na qualidade foram muito grandes.

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"O adeus de Eneias a Dido em Cartago" de Claude Lorrain


"Dido e Eneias" no CCB

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