"As vidas dos outros" é um filme interessantíssimo.
A história muito bem construída prega uma partida ao espectador, o que resulta quase sempre, fugindo dos lugares comuns sobre o tema tratado, a sociedade da RDA (vulgo Alemanha de Leste).
Um fanático do regime compreende os seus erros e salva aqueles que devia perseguir pagando por isso com a destruição da sua carreira mas os seus chefes, boçais e nada idealistas, continuarão a prosperar mesmo depois da "reunificação".
Suspense, reviravoltas e emoções conduzem o espectador para a "conclusão" de que os sistemas de limitação das liberdades acabam sempre por se tornar pasto de todos os oportunismos e carreirismos em vez de serem, como muitas vezes se pensa, dominados pelos idealitas.
Uma outra questão interessante neste filme é haver em Portugal muita gente que viveu interrogatórios "pidescos" como aqueles que se vêem no ecran.
É duro constatar a semelhança entre a repressão que se praticava durante o "Estado Novo" e aquela que ocorria num país que, pelo menos até certa altura, era considerado como modelo por muitos dos que se batiam pela liberdade em Portugal.
sexta-feira, março 09, 2007
"As vidas dos outros" e as nossas
Publicado por
F. Penim Redondo
Hora da publicação: 12:30
Etiquetas: cinema 2007, continente europeu, crítica, fanatismo-sectarismo, Fernando Penim Redondo, história, partidos
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