sábado, janeiro 14, 2006

Mozart nasceu há 250 anos




Diário musical de Mozart "online"


Está desde ontem disponível na Internet, no site http://www.bl.uk/onlinegallery/ttp/ttpbooks.html (clique para ver), um diário musical de Mozart. Os utilizadores podem procurar páginas escritas à mão do catálogo do compositor austríaco e ouvir compassos de abertura raramente interpretados.
Num ano musicalmente dedicado a Mozart - a 27 de Janeiro comemoram-se os 250 anos do seu nascimento -, a British Library fez a digitalização de 30 páginas e 75 introduções musicais do Catálogo de todas as minhas Obras. O site inclui muitos das obras mais conhecidas de Mozart, como A Flauta Mágica, mas também contém Litle March in D, que, segundo a biblioteca, foi gravada pela primeira vez.
O catálogo foi comprado pela British Library em 1986 e contém 145 obras escritas por Mozart entre Fevereiro de 1784 e Dezembro de 1791, quando morreu. No lado esquerdo de cada página, Mozart incluiu cinco composições e acrescentou informação sobre quando cada uma foi terminada, os instrumentos utilizados, quem a encomendou e quem a tocou pela primeira vez. No lado direito, estão os compassos iniciais de cada obra. No site, estes compassos são tocados pelo Royal College of Music.
A British Library anunciou ainda que conseguiu reunir um manuscrito de Mozart, que foi cortado em dois e vendido separadamente pela sua viúva em dificuldades financeiras.
A folha de música foi escrita tinha 17 anos. Nessa altura ele estava de visita a Viena com o pai, Leopold, para concorrer a um lugar como músico da corte - não o conseguiu. Um dos lados do manuscrito são duas cadências para piano (passagens altamente virtuosas para serem interpretadas por um solista sem acompanhamento de orquestra) e do outro lado um minuete para um quarteto de cordas.
Em 1835, Constanze cortou cuidadosamente o manuscrito, acabando as duas cadências em folhas separadas, mas uma das notas foi deixada por engano na folha de cima. Ela mandou então para duas pessoas separadas para pagar um favor ou para receber dinheiro. "Isto era numa altura em que Mozart era muito popular e a fama espalhava-se. Qualquer coisa que tivesse a ver com ele tinha valor. Ela tinha o hábito de cortar as coisas para maximizar o lucro", diz Rupert Ridgewell, o conservador da biblioteca para as colecções musicais.
A parte de cima Constanze mandou para um músico em Darmstadt chamado Julius Leidke. A outra peça foi para um funcionário governamental local na Baviera chamado Sattler. Ambas se mantiveram em duas colecções privadas na Europa até 1950, altura em que a metade de baixo chegou à British Library. A parte de cima acabou de ser adquirida.

(in Publico de 13 de Janeiro de 2006)

Avalancha de eventos para lembrar Amadeus Mozart
Casa da Música celebra 250 anos do nascimento de Mozart

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1 comentário:

Anónimo disse...

estas obras de mozart sao tota seca
o mazart n percebe nd de escrever