Mário Soares afirmou hoje à TSF, com a maior candura, ter recebido uma chamada da China em que o ministro lhe pedira para sossegar os trabalhadores do Estaleiro de Viana acerca de uma temida privatização.
Este episódio, que roça o ridículo, vem confirmar a visão que Soares tem da política e é todo um tratado de amiguismo.
Como disse Garcia Pereira trata-se de um caso evidente de favorecimento de um dos candidatos por parte do Governo através do fornecimento de informação previlegiada, provavelmente executado com um telefonema pago pelos contribuintes.
É nestas chocantes impunidades que devemos procurar as causas da vitória de Cavaco.
Este abuso dos meios públicos faz-me lembrar as diskettes do "envelope 9" do julgamento da Casa Pia; ainda ninguém se questionou por que razão o erário público paga as chamadas de todos aqueles que constam da famigerada lista.
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1 comentário:
Também foi muito edificante ver o cortejo nos estaleiros de Viana com o povo a fazer pedidos “Olhe por nós que isto aqui é muito duro. Será que vou ter de trabalhar até aos 70 anos?”
E Soares, espalhando as rosas que transportava no regaço “Fique descansado homem, que não vai ser assim”. (Subentende-se: eu telefono ali ao ministro...)
Soares mostra que ainda não perdeu o tique de, telefone numa mão e fax na outra, dirigir os negócios do PS e seus anexos (entenda-se: o Governo e o País).
Intromissão? Não! Apenas o melhor “estilo Corlleone”.
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