Entrevista do Jerónimo de Sousa ao Expresso em 29 de Janeiro 2005.
Como estou farto de dizer as coisas não são nada claras...
- agora luta-se por uma "democracia avançada", mas não se sabe quando estará pronta...
Na "democracia avançada" as "eleições e a democracia são intrísecas" (como não podia deixar de ser).
Na "democracia avançada", tal como hoje, há a "coexistência do sector público, privado e cooperativo".
Não se pode dizer que seja grande definição.
- depois da "democracia avançada" vem o socialismo.
A definição de socialismo é: "um sistema que vem depois da democracia avançada" ou, se quisermos, um "horizonte"
- como se isto não bastasse o comunismo só vem depois do socialismo.
No dia de São Nunca ?
Acho tudo isto confrangedor.
Mas não pensem que o digo contra o Jerónimo de Sousa ou o PCP.
Não há ninguém nos partidos de esquerda que esteja a dizer mais ou melhor do que isto.
1 comentário:
O secretário do PCP teve um episódio curioso, aquando dos debates entre todos os cabeças num das televisões (penso que foi a SIC). Em dado momento o secretário perdeu a fala, melhor, ficou sem voz, os "ares condicionados" esses aparelhos que só a burguesia tem. Muito bem, deixemo-nos de brincadeiras e vejamos sobre outro ponto de vista. Deixemos por um momento a visão funcionalista do corpo e passemos ao holistico (algo que o PCP desconhece ainda). Se a voz, a fala é vista como a necessidade de expressar algo, uma idéia, o secretário-geral "abdicou" de o fazer precisamente porque internamente se sentiu (e aposto que sente) totalmente incapaz para apresentar ideias, novas ou velhas, e como tal "calou-se-lhe" a voz por ele. Em terminologia psicosomática um "orgão" nesta caso as cordas vocais, "ofereceu-se" para dar corpo às angústias de que o próprio sofria.
Ainda bem, evitou figuras tristes, como a da entrevista que deu ao Expresso, e ainda ganhou uns votos com o negócio, até quando PCP?
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