“Sem comunicação não existem relações humanas nem vida propriamente humana....
Por conseguinte, as improbabilidades do processo de comunicação e a forma em que as mesmas se superam e se transformam em probabilidades regulam a formação dos sistemas sociais. Assim deve entender-se o processo de evolução sociocultural como a transformação e ampliação das possibilidades de estabelecer uma comunicação com probabilidades de êxito, graças à qual a sociedade cria as suas estruturas sociais...”
(in A improbabilidade da comunicação, Niklas Luhmann, Vega 2001)
A terceira improbabilidade da comunicação indicada por Luhmann é a de se “obter o resultado desejado”, ou seja, levar o destinatário a “actuar em virtude das directrizes correspondentes, bem como experimentar, pensar e assimilar novos conhecimentos, supondo que uma determinada informação seja correcta.”
Na sociedade actual, que cada vez mais se estrutura em torno do tratamento e transmissão da informação, a imensa maioria das actividades humanas consiste na tentativa de influenciar o conhecimento de outrem, de modo a levá-lo a agir de uma determinada maneira.
O político, o professor, o designer, o artista e o publicitário são apenas casos paradigmáticos das actividades influenciadoras do conhecimento; o cinema e a televisão, as comunicações móveis, a edição discográfica, a imprensa e os sistemas computacionais são exemplos de industrias da informação que ocupam cada vez mais os lugares cimeiros entre os sectores económicos globais.
A comunicação efectua-se através da informação, ou seja, dos sinais passíveis de captação pelos sentidos e encaminhamento para o cérebro humano.
Ver o texto completo
Sem comentários:
Enviar um comentário