terça-feira, março 14, 2017

São Jorge



O filme de Marco Martins é muito bem feito e mostra-nos o trabalho do grande actor que é Nuno Lopes.
É uma história neo-neo-realista que nos meus tempos de cineclubista talvez considerasse um tanto esquemática.
Mas os ambientes estão muito bem criados e tudo respira autenticidade. 
Duas legendas, no princípio e no fim do filme, remetem para os tempos da Troika. Esse tique conjuntural e panfletário não beneficia o filme de maneira nenhuma.
Um desempregado em situação desesperante não difere muito por viver no tempo do "engenheiro", da troika ou da geringonça. E é essa intemporalidade da miséria que enobrece o filme.

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