Fui ver o recém estreado filme da Olga Ramos, que trata da vida e obra do pioneiro da fotografia Carlos Relvas. Com especial foco na espantosa casa-estúdio que ele construiu, com toda a probabilidade uma das mais interessantes do mundo.
A oportunidade e qualidade do filme é inquestionável pese embora um certo desequilíbrio nos ritmos e a inclusão demasiado longa de assuntos laterais e menos conseguidos.
Eu, que tal como Relvas me assumo sempre como "amador" da fotografia, saí da sala esmagado pela quantidade e qualidade da sua obra (daquilo que me foi dado ver).
Depois do que andei a fazer nos últimos cinco anos penso ter uma boa noção do esforço necessário para produzir, como Relvas fez, 5.000 fotografias com a tecnologia do colódio húmido e mais uns milhares depois disso.
Para além do mais ele tocou muitas áreas diferentes, desde os instantâneos e paisagens até à fotografia encenada; desde a fotografia do rei até aos retratos das ovelhas e cães.
Em pleno século XIX ele percorreu muitos caminhos que nos deixam perplexos neste início do século XXI.
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