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O Expresso, na Revista que hoje dedica à década 1973/1982, publica uma foto muito curiosa.
À direita pode ver-se o comandante Xavier, já falecido, que foi meu instrutor em Vale de Zebro e companheiro de armas na Guiné.
Foi ele, com o seu ar abrutalhado (tinha para aí um metro e noventa e era de ombros e rosto quadrado), que abriu as portas das celas e, em certos casos, fez temer tratar-se de um golpe de direita.
Na foto ele fala aos presos, no pátio da prisão, enquanto se esperava a ordem do Conselho da Revolução para libertar mesmo aqueles que eram acusados de "crimes de sangue".
Como a ordem nunca mais chegava ele teve que mandar recolher provisóriamente os presos aos corredores das respectivas celas, o que não foi bem recebido como se compreenderá.
Como ele me conhecia dos fuzos até me pediu, na circunstância, que o ajudasse a acalmar as hostes.
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