domingo, janeiro 14, 2007

Apocalisto



Em má hora resolvi ver o filme de Mel Gibson.

Cedi à tentação porque acabara de regressar da América do Sul e também por curiosidade.

Apocalypto é obra de um mentecapto que nos quer pregar moral defendendo, sem nunca demonstrar, que a destruição da civilização Maia e a colonização que se seguiu foram a consequência da sua própria decadência. Esta "ideia" não é de forma alguma explorada no filme limitando-se a constar de uma legenda introdutória.

Trata-se de uma tese reaccionária que culpabiliza os colonizados por o serem e que ignora todas as outras facetas, tecnológicas e outras, que explicam a supremacia militar.

Como se tal não bastasse o homem parece ter querido fazer um mostruário de lugares comuns: lá está o oportuno eclipse e também a fuga através da cascata que enxameiam todos os "filmes de acção" passados naquelas paragens.

A violência constante é tão excessiva quanto ridícula. E, segundo dizem, o ridículo mata mais do que qualquer outra coisa...

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