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Muito se tem discutido sobre a greve dos médicos, omitindo no entanto que os hospitais privados e muitas unidades de saúde familiar têm funcionado normalmente.
Eu próprio serei hoje submetido a uma acção de diagnóstico num hospital particular.
Estes factos vêm reforçar a ideia, que se generalizou nos últimos anos, de que para acabar com as greves num dado sector basta privatizá-lo. Os médicos que tudo exigiam ao Estado quando eram funcionários parecem agora, trabalhando no privado, já nada ter a reivindicar.
Os efeitos desta greve acabam assim por ser sentidos de forma desigual por ricos e pobres. Os primeiros podem em muitos casos recorrer aos hospitais privados e pagar se tal for necessário. Os segundos lá terão que reagendar exames, consultas e cirurgias como carne para canhão numa guerra cujas motivações lhes escapam.
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2 comentários:
Meu caro amigo
Não leves a mal
Mas o tal exame marcado para hoje
tem a ver com teu estado mental?
(Mas porque raio um médico do privado faria greve em defesa do sistema público?)
meu caro
mas em que USF (unidade de saude familiar)não há razões para fazer greve? Por que será que a Associação das USF está na Greve?Falar do que se sabe é mais sensato do que falar do que se ignora.
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