Suponho que foi por acaso que a RTP Memória passou ontem, a uma semana dos Jogos Olímpicos, os "55 dias em Pequim" de Nicholas Ray.
Numa curva do zapping lá estavam o Charlton Heston e a Ava Gardner para me colonizar durante o resto do serão com o mesmo charme com que colonizavam a China no dealbar do século XX.
Quando vemos a naturalidade com que, já em 1962 quando o filme foi feito, era mostrada a ocupação, pilhagem e humilhação desse gigantesco país percebemos quão perto estamos de um passado que tantos fingem esquecer.
Certas "lições de moral" e "recomendações" sobre os direitos humanos com que hoje tentam desesperadamente embaciar o sucesso dos Jogos Olímpicos tresandam à soberba com que os ocidentais tratavam, enquanto podiam, uma civilização milenar em que ainda hoje não conseguem ver senão o "perigo amarelo".
ABRIL, ABRIL (CANÇÕES MIL)
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Quando o tempo aperta, faço recurso a trabalho feito e divulgado e vou
buscar-lo. É o caso. Sem tempo para a escrita vou buscar canções que, em
tempos id...
Há 1 hora
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