quinta-feira, novembro 25, 2010

O Grito do Povo

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O Grito do Povo era a marca de uma organização pró-chinesa que no ocaso do marcelismo estava bem implantada no Norte e era dirigida por Pedro Baptista, a quem a democracia não reservaria grande papel - ao invés do que aconteceu com o seu rival de então, Pacheco Pereira, que liderava um pequeno e insignificante grupúsculo da mesma obediência ideológica.
Após o 25 de Abril, o Grito do Povo integrou a UDP, conglomerado maoista que publicava a Voz do Povo (onde debutaram José Manuel Fernandes, ex-director do Público, e Henrique Monteiro, futuro ex-director do Expresso) e viria a juntar os trapinhos no Bloco de Esquerda com os seus velhos inimigos trotskistas.
Apesar de nunca ter navegado politicamente nas turvas águas do maoismo, sempre achei feliz a marca Grito do Povo, pois o grito é a expressão da dor física que sentimos quando o sofrimento moral se torna insuportável.
DN, 25.11.2010

Continuam a gritar mas nos jornais "de referência".

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9 comentários:

  1. Anónimo21:52

    Surpreendente e interessante "post". Apenas uma pequena correcção: o "Grito do Povo" – ou seja, a OCMLP, uma vez que o jornal era o seu órgão central –, não se integrou, na totalidade, no PC(R)/UDP. Um número considerável de quadros e militantes recusou essa integração.

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  2. Ouve lá ao Fernando! Por vezes fases comentários tão lacónicos que é preciso perguntar-te qual o seu significado. Quem é que continua a gritar nos jornais de referência. É o José Manuel Fernandes, o Henrique Moteiro ou BE?

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  3. Caro Jorge, refiro-me obviamente ao José Manuel Fernandes,Henrique Moteiro e Pacheco Pereira.
    O BE não podia "continuar a gritar" porque antes não gritava nem existia.
    Acho que tens um pouco de mania da perseguição.

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  4. Pois te digo que andei a vender esses grito na estação de sul e sueste.
    Deixa-me é dizer-te que te enganas, alguns desse tempo reformaram-se mas o Pedro Batista foi e não sei se ainda é deputado do PS.
    Queres melhor futuro que deputado e do partido do governo ? com boa reforma e tudo.
    O Pacheco pertenceu à UDP.
    O Grito do povo não é nem foi apenas uma marca, achas que o povo não continua a gritar ?

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  5. O povo grita é no futebol.

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  6. Anónimo18:16

    Hey blog muito bom! Homem .. Lindo .. Amazing .. Vou favorito seu blog e ter os feeds também ...

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  7. Foi tão bom "gritar" quando todo um povo estava surdo e percorria os mares a caminho das colónias para estripar,violar e destruir aqueles que combatiam a presença colonial.
    Bem haja todos os jovens que na clandestinidade e mais tarde depois de 74 viveram a utopia de criar uma sociedade mais justa.Não tivemos o poder e ainda bem, mas não éramos corruptos nem lutávamos para obter tachos...e a vida continua...

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  8. Foi tão bom "gritar" quando todo um povo estava surdo e percorria os mares a caminho das colónias para estripar,violar e destruir aqueles que combatiam a presença colonial.
    Bem haja todos os jovens que na clandestinidade e mais tarde depois de 74 viveram a utopia de criar uma sociedade mais justa.Não tivemos o poder e ainda bem, mas não éramos corruptos nem lutávamos para obter tachos...e a vida continua...

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