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Ver o Siegfried no São Carlos em plena crise tem um significado distinto. Encontrar no átrio alguns ministros ou o porta-voz das petrolíferas, que parecem estranhamente calmos, deixa de ser mundano para ganhar laivos de saga heróica.
O longuíssimo primeiro acto põe à prova mesmo o melómano mais furioso. Mostra-nos Siegfried, "o que não sente medo", forjando de novo a espada Nothung com que, no segundo acto há-de vencer e matar o dragão (não, esta história não fala de pinto da Costa).
O dragão Fafner, antes de morrer, era nada mais nada menos do que o guardião da gruta do Ouro do Reno (não, não se trata dos cofres fortes do Banco Central da Alemanha) que passa assim a estar à mercê de Siegfried.
Acho que é nestes tempos de crise que sinto verdadeiramente a empatia com heróis como Siegfried.
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2 comentários:
Prezado F. Penim
obigado pelas asas....
Siegfried meio branco/preto , meio caput aetiopum, nadando no mar do sal das lagrimas, falando com as aves do Paraiso (no Brasil com papagaios !) finalmente beijar a mãe divina, rainha de Portugal.....
Siegfried, o Portugues, só quer de volta o ouro de Valongo, roubado pelos romanos, dado aos tolhas germanicos....
..abriste-me os olhos, Penim !
abraço
Ralf
Caro Ralf,
o seu post no Briefe an Konrad ( http://briefeankonrad.blogspot.com/ ) parece ser bastante divertido mas, infelizmente, não domino a língua alemã.
Um abraço também para si
Fernando
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