segunda-feira, abril 30, 2012

As nuvens de Lisboa

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Um fim de tarde glorioso, hoje, em Lisboa.

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quarta-feira, abril 25, 2012

Abril e os arrependidos de Novembro

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Sargento Lima Coelho (presidente da Associação Nacional de Sargentos) adverte que o “poder político não está acima dos valores da Constituição”, nem acima “do compromisso que assumiu com o povo português”.
RR.SAPO.PT
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Entendemos ser oportuno tomar uma posição clara contra a iniquidade, o medo e o conformismo que se estão a instalar na nossa sociedade e proclamar bem alto, perante os Portugueses, que:
- A linha política seguida pelo actual poder político deixou de reflectir o regime democrático herdeiro do 25 de Abril configurado na Constituição da República Portuguesa;
- O poder político que actualmente governa Portugal, configura um outro ciclo político que está contra o 25 de Abril, os seus ideais e os seus valores;
Manifesto da Associação 25 de Abril – «Abril não Desarma»

O 25 de Abril não é propriedade de ninguém mas, se tivesse que ser de alguém, pertenceria principlamente às centenas de militantes que durante décadas lutaram e sofreram para que tal madrugada fosse possível, para que a Revolução pudesse aparecer como um passe de mágica tirado da cartola. 
Para que existisse um Otelo foi preciso que muitos gastassem as suas vidas em tipografias clandestinas, para que surgisse um Salgueiro Maia foi preciso que muitos penassem décadas nas cadeias, para que houvesse Capitães de Abril foi preciso que morressem de armas na mão milhares de patriotas africanos. 
Por isso fizeram muito bem, os valentes revolucionários de Abril, ao devolver rápidamente a palavra ao Povo que os tinha produzido.

Passados todos estes anos, sem que os direitos fundamentais tenham sido postergados e tendo nós um governo democráticamente eleito, considero verdadeiramente deplorável que haja hoje militares a tomar posições públicas sobre o curso da política portuguesa que roçam o paternalismo e o desprezo pela vontade popular. 
Que estatuto, que "superioridade moral" os impede de frequentar uma Assembleia da República onde se sentam todos os partidos eleitos pelos portugueses e, entre eles, o Partido Comunista Português cujo contributo para o derrube do fascismo é incomensurável?  
O que podemos esperar quando qualquer sargento se sente competente para substituir o Tribunal Constitucional?

Alguns que hoje mostram repugnância pelo actual estado de coisas parecem ter descoberto, tarde demais, que esta era uma das possibilidades abertas pelo 25 de Novembro de que foram os executantes. 
É bom não esquecer que nessa data foi posto um ponto final nos sonhos vanguardistas para uma democracia popular. É quase ridículo ver agora os mesmos que pegaram em armas para o impedir fazerem tábua rasa das instituições do regime para se arvorarem, sem  mandato popular, em fiscais da sua pureza.

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domingo, abril 22, 2012

TABU



O filme tem um começo magnífico, surpreendente e desafiante, que me fez lembrar Bunuel.
Termina como se fosse uma fotonovela da "Crónica Feminina", convencional e previsível. É uma escolha a que o realizador tem direito mas que não me convenceu muito.

domingo, abril 15, 2012

TERRAS SEM SOMBRA - Almodôvar

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No sábado, dia 14, teve lugar um excelente concerto na Matriz de Almodovar.
Requiem em Sol menor de Cimarosa e um Te Deum de Marcos Portugal.
Intérpretes: Orquestra Filarmonia das Beiras dirigida pelo maestro Vassalo Lourenço e Coro da Universidade de Aveiro.
Uma notável descentralização cultural que o Festival Terras Sem Sombra prossegue ano após ano.

terça-feira, abril 10, 2012

Uma década desperdiçada.




Há 10 anos o PSD e o CDS tinham acabado de chegar ao poder, depois de seis anos de governo "socialista".  
Dez anos depois voltámos ao ponto de partida e as primeiras páginas dos jornais continuam a falar dos  problemas que, já em 2002, esperavam por uma solução. 
Em 2012, por imposição da TROIKA, goste-se ou não, somos finalmente obrigados a tomar medidas. 
A democracia portuguesa, com os seus jogos de espelhos, desperdiçou uma década. 
Esperemos que esse erro não lhe seja fatal.

segunda-feira, abril 09, 2012

O 25 de Abril na Manchete




Ainda acerca da intervenção dos fuzileiros na prisão de Caxias.
Nesta fotografia, encontrada na Manchete de 11 de Maio de 1974, fui descobrir o meu nariz ao lado do Tengarrinha, durante a já referida fase em que se aguardava no pátio da prisão a decisão da Junta de Salvação Nacional sobre a libertação de todos os presos.


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sexta-feira, abril 06, 2012

Os fuzileiros abriram as portas de Caxias

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O Expresso, na Revista que hoje dedica à década 1973/1982, publica uma foto muito curiosa.
À direita pode ver-se o comandante Xavier, já falecido, que foi meu instrutor em Vale de Zebro e companheiro de armas na Guiné.
Foi ele, com o seu ar abrutalhado (tinha para aí um metro e noventa e era de ombros e rosto quadrado), que abriu as portas das celas e, em certos casos, fez temer tratar-se de um golpe de direita.
Na foto ele fala aos presos, no pátio da prisão, enquanto se esperava a ordem do Conselho da Revolução para libertar mesmo aqueles que eram acusados de "crimes de sangue".
Como a ordem nunca mais chegava ele teve que mandar recolher provisóriamente os presos aos corredores das respectivas celas, o que não foi bem recebido como se compreenderá.
Como ele me conhecia dos fuzos até me pediu, na circunstância, que o ajudasse a acalmar as hostes.



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quinta-feira, abril 05, 2012

BRILHANTE

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António José Seguro referiu depois que «2015 é anos de eleições» legislativas «e os portugueses têm isto bem presente». «O primeiro-ministro não só quer retirar mais rendimentos aos funcionários públicos e aos pensionistas, como quer começar a devolver-lhes às pinguinhas no ano e em véspera de eleições». 
(declarações à imprensa)


Tzé-Tzé Seguro não só confirma implicitamente que PPC ainda será primeiro ministro em 2015 como começa desde já a combater o argumentário dele, com três anos de antecedência. É difícil fazer manobra mais canhestra.

quarta-feira, abril 04, 2012

GOOGLE Art Project

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O GOOGLE Art Project é um milagre da inventiva humana. Poder passear pelo interior de importantes museus e apreciar as obras que eles contêm, sem sair de casa, é algo que não tem preço. 
Empresas como a Google, por mais dinheiro que ganhem, terão sempre o direito à gratidão da Humanidade, tais são os serviços culturais e humanistas que proporcionam de forma gratuita.

domingo, abril 01, 2012

Subserviência


Há semanas Portugal viveu uma comoção indignada por causa de uma "vénia subserviente" de Vitor Gaspar perante o todo poderoso ministro das finanças alemão.
Ainda gostava de saber qual foi a reacção dos franceses e dos dinamarqueses.

É que o caso deles é bem mais grave pois estão literalmente de cócoras.
Algo me diz que têm assuntos mais importantes para discutir.