segunda-feira, janeiro 31, 2011

O nosso Vietname

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retrouver ce média sur www.ina.fr



Um excelente documentário sobre a guerra na Guiné, o nosso Vietname.
Por lá andei durante dois anos, precisamente nesta época em que Spínola era governador.
Para que não se esqueça que houve uma geração inteira que foi sacrificada.

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domingo, janeiro 30, 2011

Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele

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A população portuguesa cresceu entre 1981 e 2007, segundo o INE, 764.734 unidades, ou seja, menos de 8%. Como podem os inscritos nos cadernos eleitorais ter aumentado 2.039.215, o que representa 26,7%?
Em 1986 os inscritos eram 83% da população mas em 2011 já eram 90%. Onde foram parar os menores de 18 anos?

O partido socialista sabe que pisou o risco durante a campanha eleitoral e agora, através da minimização da vitória de Cavaco, tenta infantilmente precaver-se contra as consequências.
Por causa disso criou uma teia de pseudo argumentos baseados no elevado grau de abstenção que se verificou no dia 23. Mas esta manobra é feita sem respeito pela realidade que se vê manipulada para servir meros objectivos partidários. 

Com efeito, o número de inscritos nos cadernos eleitorais, óbviamente inflaccionado, desaconselha que se usem as percentagens de abstenção como base de qualquer análise que se pretenda séria.
Mas os números absolutos não deixam margem para dúvidas. Houve mais votantes em 2011 do que em 2001 quando Sampaio foi reeleito.
Ora Sampaio não se coibiu, apesar disso, de demitir um governo que dispunha de apoio parlamentar maioritário.

Essa decisão, que na altura foi classificada por muitos como perigoso precedente, não augura nada de bom para Sócrates.
Como diz o povo "quem não quer ser lobo não lhe veste a pele".

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sábado, janeiro 29, 2011

Yao Che, o outro planeta

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A atriz e "rainha" de microblog da China, Yao Chen, tornou-se a primeira pessoa a ter 5 milhões de fãs online, o que reflete o rápido desenvolvimento dos microblogs no país mais populoso no mundo.
Yao tinha 5.000.0001 fãs no t.sina.com.cn, site de microblog semelhante ao Twitter, que registra mais usuários no país em comparação aos outros sites de microblog, até às 14h34 da sexta-feira, e logo o número de fãs de Yao cresceu 3.744 em apenas uma hora e meia.
Yao foi considerada como "rainha de microblogs" pelo sina.com.cn, que informou que ela atrai internautas por dizer o que pensa como se estivesse conversando com amigos.
A atriz de 32 anos tornou-se famosa em 2006 pelo seu papel no seriado cômico "My Own Swordsman". Ela também teve sucesso na série televisiva "Lurk", em 2008.
Entre os dez microblogs mais populares do mundo, o de Yao é o primeiro que não pertence ao Twitter, de acordo com a empresa de marketing de mídia social asiadigitalmpa.com.
O número de fãs do microblog de Yao ultrapassou o de Oprah Winfrey, apresentadora de TV dos Estados Unidos.
O serviço de microblog Sina contava com 50 milhões de usuários até outubro de 2010.
Um total de 157.542 mensagens foram postadas nos primeiros dez minutos de 2011, ou 2.625 por segundo.
Os usuários de microblog na China totalizaram 53,11 milhões, ou aproximadamente 13,8% dos internautas chineses, até o final do ano passado.

Xinhua

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quarta-feira, janeiro 26, 2011

Se isto não é o povo...onde é que está o povo ?

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No rescaldo das eleições há, surpreendentemente, uma data de tipos a listar os defeitos e as limitações do vencedor. É paradoxal pois isso costuma fazer-se antes de os votantes irem às urnas.

Ele é inculto, ele é crispado, ele é uma espécie de matrioska com um primeiro-ministro lá dentro, ele não sabe comer pão-de-ló, em suma ele não tem nível. A esquerda com Cavaco não tem resistido ao preconceito classista. Detesta o seu cheiro popularuncho.

Trata-se talvez de uma birra, uma demonstração de infantilidade (lembram-se da tal doença comunismo de que falava o outro?) destinada a vingar a desfeita perpetrada pelo povo.
Chamar burro ao povo justamente quando ele acabou de votar não parece ser políticamente inteligente e revela uma curiosíssima noção de democracia (depois acham estranho que as pessoas não votem).
Esta gente nunca mais percebe que democracia = "o povo tem sempre razão". Quando discordamos do voto popular somos nós que estamos a falhar alguma coisa.
O exercício, ou exorcismo, é absolutamente inócuo já que o destinatário deste vudu se livrou, precisamente no último Domingo, das peias que costumam alimentar o calculismo dos políticos. Já teve duas maiorias absolutas como primeiro-ministro e outras duas como presidente.
Depois disto a única coisa que se perfila no seu futuro é brincar com o combóio eléctrico dos netos.

Eu até acho que é precisamente de uma pessoa com as mãos livres que o país precisa para sair do circulo vicioso, e viciado, em que se afunda.
Não me parece é que Cavaco esteja à altura do desafio.

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terça-feira, janeiro 25, 2011

Abstenção




















Tem-se falado muito, e com razão, do abstencionismo nas eleições presidenciais.
Alguns, na sua habitual atitude irresponsável, usam a abstenção como arma de arremesso contra o candidato eleito.
Dão mais um tiro no pé.
O elevado grau de abstenção não põe em causa o candidato vencedor mas sim a legitimidade do próprio regime.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

O tamanho conta?

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Paulo Portas com a sua habitual ratice, apressou-se na noite eleitoral a declarar a derrota do «embrião de aliança entre PS e BE que se manifestou nestas eleições».
À natural satisfação de Portas deve portanto corresponder uma reflexão de esquerda, para acabar com esta deriva irresponsável da esquerda que avança de derrota em derrota.
A candidatura de Alegre surgiu para concretizar a “esquerda grande” de que falava Louçã na Convenção do BE em Fevereiro de 2009.
A “esquerda grande” não é uma ideia muito original, sucede à “maioria de  esquerda” que foi, sem qualquer sucesso, consigna do PCP durante muitos anos.
Pode perguntar-se, como faz certa publicidade, se no ponto a que a esquerda chegou o tamanho realmente conta. Mas o que mais confrange nesta estratégia é a constatação do primarismo com que os dirigentes do BE pensaram que seria possível somar os dez por cento próprios com os trinta e cinco do PS.
Sem qualquer novo projecto para o país com que embalar o produto, acharam que Alegre bastaria como isco. Os resultados estão à vista.
O PS podia ter tido a clarividência de apoiar Cavaco na reeleição, como fez o PSD no segundo mandato de Mário Soares. Mas atemorizado pela chantagem do BE, enfraquecido depois da crise internacional ter mostrado o monstro que se oculta por trás do laborioso cenário, o PS deixou-se arrastar pelos cabelos para esta aventura.
Quando o desastre se tornou evidente optou por uma política de terra queimada, ineficaz e repugnante.
Nesta batalha, que a esquerda irresponsável travou nas piores condições estratégicas, foram usados os estafados estandartes do “estado social”, do “serviço nacional de saúde” e da “defesa da escola pública”. Por isso, ao sofrer uma pesada derrota, de uma penada, descredibilizaram a ideia da unidade de esquerda e gastaram as principais munições com que têm tentado defender-se do avanço do liberalismo económico.  
Estes estandartes, que Alegre enunciou significativamente no seu discurso de derrotado, constituem o principal equívoco em que a esquerda mergulhou nos últimos anos.
Chega a ser confrangedora a inconsciência com que esta gente abandonou qualquer veleidade de transformar o mundo.
É que o SNS não é um projecto de futuro, é antes o sinal de uma sociedade de escassez e de pobreza da qual nos devíamos estar a libertar.
A saúde é essencial? Claro que é. Mas a alimentação não o é menos e o Estado não a fornece de forma universal. Cada cidadão tem que encontrar os meios para satisfazer essa necessidade. Não passa pela cabeça a ninguém acabar com os restaurantes e propor que passemos todos a frequentar a cantina da Misercórdia.
A esquerda refugiou-se nas trincheiras do “estado social” que é um monstro de duas faces. De um lado sorri as benesses para os desvalidos e do outro mostra a carranca da burocracia e do endividamento.
Incapaz de entender o mundo actual e de enunciar respostas de novo tipo para fazer corresponder as relações sociais de produção ao avanço tecnológico, com estes dirigentes e com esta inépcia a esquerda caminhará, de aventura radical em aventura radical, até escancarar as portas a um fascismo do século XXI.
Por isso precisávamos não de uma “esquerda grande” mas de uma esquerda clarividente que, mesmo quando não ganhasse no presente, estivesse a construir um futuro. Com uma nova utopia.
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domingo, janeiro 23, 2011

Displicência

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Nuno Godinho de Matos, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, admite que os problemas que se têm verificado a nível nacional devido ao desconhecimento do número de eleitor, vão aumentar a abstenção.
"Que tem impacto tem. Qual a dimensão do mesmo ninguém pode responder. Mas se disser que não, estarei a mentir", afirmou à SIC Notícias Nuno Godinho de Matos.
O porta-voz da Comissão Nacional de Eleições recusou utilizar a expressão "crash" para definir as falhas nos vários mecanismos de obtenção do número de eleitor (sem o qual é impossível votar), e preferiu falar em "bloqueio". "A base de dados não conseguiu dar conta" das solicitações", afirmou.
DN 23.01.2011


Como é costume Nuno Godinho de Matos faz declarações como se fosse um mero observador displicente dos actos eleitorais.
Não há ninguém que diga a este imbecil que tem pesadas responsabilidades na forma como decorrem os actos eleitorais?

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quinta-feira, janeiro 20, 2011

Um triste balanço da campanha




A campanha para as presidenciais vai chegar ao fim.
Em hora de balanço só me ocorre uma palavra: deplorável.
A esquerda demonstrou a sua inépcia escolhendo um candidato (e um conjunto de acólitos) sem qualquer hipótese de vencer.
Em vez de se penitenciar pela sua incompetência, ao pressentir a derrota eminente, optou por uma política de terra queimada. Mesmo sabendo que com grande probabilidade tal política está condenada à derrota. Sem perceber que centrando a sua acção na denúncia de casos desenterrados do passado mais não fazia do que confirmar a sua própria impotência política.
Quando, através de perguntas engenhosas se pretendeu insinuar que o actual Presidente da República é um corrupto, se não mesmo um gatuno, era a própria democracia que se estava a corroer.
Cavaco, goste-se ou não da personagem e do político, não é uma pessoa qualquer; por mais de uma vez o povo português deu-lhe acima de 50% dos votos. É também essa escolha do eleitorado que se veio agora, com fracas provas, verberar e pôr em causa.
Mas acontece que os portugueses conhecem, de experiência vivida, o que é ter Cavaco como Primeiro-ministro (10 anos) e como Presidente (5 anos). Dificilmente se convencerão de que a sua experiência não vale nada só porque alguém avança coincidências e insinuações.
Quem assumirá a responsabilidade por esta degradação do mais alto cargo do Estado quando, no dia 24, se iniciar mais um mandato de cinco anos do actual Presidente?
Continuamos, infelizmente, a constatar a degradação dos partidos e a inexistência de uma alternativa política de esquerda que os portugueses possam levar a sério.
Temos uma esquerda retórica e sem rumo ressuscitando, quando acossada como agora, os piores tiques do esquerdismo irresponsável que tanto mal fez à Revolução de Abril.
Este é o caminho que pode levar à destruição da nossa democracia.
Nenhum objectivo partidário, por mais convicto que seja, pode justificar tal destruição.

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quarta-feira, janeiro 19, 2011

Ronaldo à Presidência

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Cristiano Ronaldo, Wayne Rooney, Lionel Messi. São estes os três futebolistas mais bem pagos do mundo, segundo a revista belga “Sport Foot Magazine”.
O avançado português recebe anualmente do Real Madrid cerca de 12 milhões de euros brutos, um pouco mais do que encaixam Rooney no Manchester United (11,5 milhões) e Messi no Barcelona (11).
Estes valores são apenas referentes aos salários, não incluindo prémios por vitórias, nem receitas publicitárias.
Público 19.01.2011

Precisamos de Ronaldo em Belém, precisamos da ambição de Ronaldo em Belém.
Cavaco demorou dois anos para fazer um lucro de 140 mil euros com as acções do BPN. Mais do que isso consegue Ronaldo nuns míseros cinco dias (sem prémios por vitórias, nem receitas publicitárias).
A mediocridade de Cavaco, embora típicamente portuguesa, não nos tirará dos actuais apuros. Venha pois o Ronaldo (o Mourinho já tentámos e não deu certo).
Sei que esta proposta vai esbarrar com muitas resistências e vai mesmo ser classificada de intolerável.
Mas em verdade em verdade vos digo que debitar imbecilidades durante as campanhas eleitorais parece ser uma moda que veio para ficar mesmo entre as pessoas normalmente sérias (ler, a título de exemplo, a crónica do inteligente Rui Tavares no Público de hoje).
Daqui a muitos séculos os historiadores, a partir dos vestígios, pensarão que as campanhas eleitorais da nossa época constituíam uma espécie de festividade em que cada um tentava dizer um dislate maior do que os outros.
Este é o meu contributo.

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terça-feira, janeiro 18, 2011

Portugal é uma enorme Aldeia da Coelha

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O Diário de Notícias tem vindo há semanas a descrever, número a número, organismo a organismo, o enorme atoleiro de despesa em que se transformou o Estado. 
Ao longo dos anos, décadas, surgiram instituições que ninguém sabe para que servem, nem quem é que controla, nem se alguém controla. Foram empresas e institutos, obras de fachada, fundações, uma infindável maquia de estudos e às vezes estudos sobre estudos que alguém apropriadamente encomendou e claro: cargos, muitos cargos públicos.
Não vale a pena exprimir o embaraço que sempre se comunica nestas alturas em que o conhecimento da realidade surge ã superfície. Nem continuar a lamentar o atropelo ao contribuinte, tratado em Portugal como uma criatura de inesgotável paciência. As coisas são como são, ou como se imaginava que fossem. Não surpreende ninguém que os limites do Estado formem um continente oculto que ainda ninguém desbravou como devia, ou que ainda ninguém escrutinou como devia. O mais importante é perguntar como isto foi possível, como tem sido possível ou, além disso, como é que o país o tolera tranquilamente.
Vejam. Quando o Estado cria, por exemplo, uma empresa pública, ou quando um dos municípios-maravilha da nossa democracia dá à luz uma empresa pública municipal, alguém se deu conta de que tudo isto é feito e decidido livremente sem qualquer controlo sobre essa decisão? Basta que um político decida que o país, ou a sua circunscrição de interesses, precisa de uma nova empresa pública, para que esteja justificado mais um caso de natalidade empresarial.
Não admira que pululem por aí, entre as 1182 entidades do sector empresarial público, empresas sem objectivos claros, criadas sabe-se lá porquê e livres de qualquer controlo e racionalidade que expliquem sequer a sua própria existência. E quem diz empresas, diz também fundações e institutos. Não admira que, como também revelou o DN, essas empresas acabassem naquilo que hoje são: um pousio conveniente para a gula dos partidos.
Pedro Lomba no Público de 18.01.2011


Durante as campanhas eleitorais descobre-se infalívelmente uma Casa da Gaivota Azul, ou Amarela, ou Vermelha.
Isso é óptimo para esquecermos os milhares de casas que o desleixo e o compadrio terão entretanto pago aos amigos deles com o nosso dinheiro.
Concentramo-nos infantilmente na árvore para evitar ver a floresta.

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segunda-feira, janeiro 17, 2011

Sem ideologia revolucionária não há... segunda volta

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VOTAR EM MANUEL ALEGRE PARA DERROTAR CAVACO SILVA!

objectivo principal dos trabalhadores e do povo português nas próximas eleições presidenciais é derrotar Cavaco Silva.

O Comité Central do PCTP/MRPP







Milagrosamente ressuscitados sempre que há eleições, tal como Carmelinda Pereira, mais uma vez guiam o Povo para radiosos horizontes de glória. Agora sim, acredito numa segunda volta.


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domingo, janeiro 16, 2011

As despesas de um grande interprete

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O maestro Miguel Graça Moura gastou 720 mil euros em despesas pessoais durante cerca de quatro anos, entre 1996 e 2000, quando foi presidente da Associação Música, Educação e Cultura (AMEC), gestora da Orquestra Metropolitana de Lisboa. Graça Moura foi agora acusado de peculato e de falsificação de documento por despacho de um magistrado do Ministério Público do DIAP de Lisboa.

A situação motivou uma queixa de várias entidades associadas da AMEC, Câmara Municipal de Lisboa, Ministério da Educação, Ministério da Cultura, Ministério da Segurança Social e do Trabalho, Secretaria do Estado do Turismo e Secretaria de Estado da Juventude e Desportos. E foi detectada durante uma auditoria àquela associação. Em 2001, os auditores descobriram um défice de tesouraria de 800 mil euros, imputável em grande parte a gastos da respectiva direcção, presidida pelo maestro, que seria demitido em 2003.

Miguel Graça Moura gastou 241 mil euros na aquisição de artigos vários. Em 25 de Maio de 1999, adquiriu artigos de lingerie no valor de 1393 euros, numa loja da zona da Boavista, no Porto. Dois meses depois, Graça Moura foi a Cuba e comprou charutos Cohiba, pagos com o mesmo cartão de crédito, cujo saldo aumentou 1014 euros. Na loja The Boss, em Banguecoque, os artigos comprados pelo maestro rondaram os cinco mil euros e a conta foi paga com um cartão de crédito da AMEC.

Nas suas viagens pelo mundo, Graça Moura gastou 214 mil euros. E não se privava de nada. Em Abril e Junho de 1998, o maestro foi a Cuba e alugou limusinas, à custa da AMEC, cujo cartão liquidou uma factura de 1401 euros. Quando se deslocou à Tailândia, Graça Moura alugou outra limusina por 1215 euros, despesa paga também pelo cartão da associação, em Banguecoque e em Havana. Nesta cidade Graça Moura comprou 1014 euros de caixas de charutos da mítica marca Cohiba. Quando esteve em Porto Alegre, o músico fez despesas num hotel no valor de 2244 euros. Em 28 de Novembro de 1997, pagou a conta no hotel e ainda foi a uma joalharia local, onde adquiriu artigos no valor de 1198 euros. O Natal de 1998 do maestro foi passado no Quénia, onde viajou de balão acompanhado por outra pessoa, pagando 680 euros, e ainda participou num safari. Dois meses antes, Graça Moura estava em Los Angeles e comprou uma obra de arte por 6854 euros. Em 12 de Novembro de 1996, o maestro foi a França e gastou 1315 euros em artigos de calçado e malas. 

Segundo a acusação deduzida na 9.ª Secção do DIAP de Lisboa, verbas da AMEC terão sido usadas para liquidar despesas com a residência do maestro, estimadas pela AMEC no montante de 93 mil euros. A listagem dos CD e livros guardados na residência do arguido ocupa numerosas folhas do inquérito. Atinge os 52.500 euros o valor global dos pagamentos, através de cartões de crédito da associação de que era presidente.

Em refeições, durante quatro anos, o maestro gastou 81.300 euros, tendo sido apurado que, em 1996, as contas dos restaurantes atingiram os 17.420 euros, verba que foi de 13 mil no ano seguinte e de 14 mil em 1998, e em 1999 as contas dos restaurantes rondaram os 20 mil euros, registando uma diminuição de cinco mil euros em 2000. Os auditores acham que estas despesas foram feitas em estabelecimentos hoteleiros de luxo. Da ementa do maestro constavam mariscos, vinhos caros e aperitivos variados. No final da refeição, dava gorjetas de valor significativo. 

O MP sustenta que Graça Moura terá excedido os valores que lhe poderiam ser pagos pela AMEC em despesas de representação e de refeições, tomando como referência as despesas de representação dos deputados. Dos 323 mil euros gastos, o MP considera que o maestro só poderia ser reembolsado em pouco mais de dez mil. Os levantamentos nas caixas de multibanco ascenderam a 36 mil euros e quase sempre ao fim-de-semana.



Público 15.01.2011




É sem dúvida um grande interprete da Sinfonia Inacabada de esbanjamento dos dinheiros públicos.
Vai sendo tocada por uma grande orquestra cujos membros só a conta-gotas vão sendo revelados.
E quem deixou que isto acontecesse durante quatro anos, a chamada "tutela", não é também responsabilizado?


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sábado, janeiro 15, 2011

China, o número da sorte de certas empresas

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A Ferrari celebrou esta sexta-feira a venda do veículo número 999 na China, desde sua entrada no país, há sete anos, com uma exposição de alguns dos seus mais emblemáticos desportivos frente a Oriental Pearl Tower, em Xangai.
A marca italiana justificou a realização do evento, que contou com uma exibição de modelos da marca italiana, porque na China o nove é considerado um número da sorte e representa a longevidade.
Refira-se que a marca do «Cavallino Rampante», que vendeu, no ano passado, quase 300 carros na China, um aumento de 50% em relação às vendas de 2009, acredita que a China vai ser o segundo maior mercado para a Ferrari nos próximos dois anos, apenas atrás dos EUA.


AutoPortal 15.01.2011

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sexta-feira, janeiro 14, 2011

Defensor ou Sebastião?

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Defensor do jogging por amor do chefe


As campanhas eleitorais converteram-se, nos últimos anos, em patéticos dispensadores de trivialidades sobre os candidatos. Joana, a esposa do Defensor de Alegre, perdão de Moura, revela hoje no DN:

"Quando casámos, dizíamos que 2/3 da travessa eram para ele e 1/3 era para nós, que éramos três. Agora é mais comedido e gosta mais de peixe do que de carne".

Esta forma de repartir a travessa está perfeitamente em linha com as regras do "socialismo moderno", tão em voga nos nossos dias.
Ocorre-me até uma canção da minha meninice injustamente esquecida por ser políticamente incorrecta:

Sebastião come tu, tudo, tudo
     Sebastião come tudo sem colher
Sebastião come tu, tudo, tudo
   E depois dá pancada na mulher

Como é possível não votar num candidato assim?

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quarta-feira, janeiro 12, 2011

Presente envenenado



O primeiro-ministro considerou a colocação da dívida portuguesa hoje nos mercados de capitais "um sucesso, qualquer que seja o parâmetro pelo qual se analise".
O leilão de hoje foi "um sucesso na procura e um sucesso no preço, e isso é a melhor demonstração de confiança na economia portuguesa por parte dos mercados", sublinhou José Sócrates, rodeado de dezenas de representantes da imprensa internacional, à entrada para a Heimtextil, em Frankfurt.
DN 12.01.2011

Tenho muita dificuldade em qualificar como sucesso um acto de endividamento à taxa de 6,719%.
Sócrates, em vez de falar de sucesso, podia ter dito uma coisa mais razoável do tipo: "Ufa, ainda não foi desta que nos enterrámos".
Quando o vejo falar assalta-me um pensamento perverso. Será que está radiante porque pensa que quem vai ter que pagar os juros já não é ele mas sim os seus sucessores?

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Grotesco

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Maya revela SMS de Renato para Carlos Castro
A empresária revela ao "i" que viu mensagens enviadas pelo modelo ao cronista social que revelavam alguma intimidade.
A taróloga e empresária Maya, grande amiga de Carlos Castro, revelou em declarações ao jornal "i" ter lido várias mensagens de telemóvel enviadas por Renato a Carlos Castro.
"Extremamente afectuosas e que incluíam palavras como 'amor' ou 'querido'", referiu, acrescentando que o cronista social lhe tinha inclusivamente perguntado pela compatibilidade astrológica com Renato e que tinha ficado de fazer uma carta astral.
DN 11.01.2011

Um mero caso de prostituição, com um desfecho deplorável, que tem estado a ser objecto de uma mediatização grotesca.

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terça-feira, janeiro 11, 2011

Veículos tóxicos

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É grande a expectativa que rodeia a ida do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, ao Parlamento, no dia 11, para falar do tema que, nos últimos dias, está nas bocas de toda a gente: o BPN. Será esse o dia em que se vai saber quanto vai custar o banco aos contribuintes? E as razões pelas quais o Estado não o conseguiu vender? E a solução para resolver este problema?
Até agora o que se sabe é que as Finanças continuam a analisar o reforço de capital na ordem dos €500 milhões pedido pela atual administração do banco, presidida por Francisco Bandeira, também vice-presidente da CGD, para manter o banco no mercado, sem ativos tóxicos. Mas a polémica em torno das injeções do Estado, num banco tecnicamente falido e cuja gestão antes da nacionalização foi considerada ruinosa, deu azo a colocar-se uma nova questão: o que fez a atual gestão do BPN, liderada por três administradores da CGD? O debate presidencial trincou a maçã proibida e os canhões não param de disparar em diversas direções. Mesmo mantendo-se na esfera pública, o BPN continua a perder depositantes e não se assistiu a melhorias na recuperação de crédito vencido. Nos últimos 15 dias o BPN perdeu €200 milhões em depósitos, baixando o nível de recursos para €2900 milhões. A carteira de crédito é pesada — da ordem dos €7000 milhões, dos quais cerca de pelo menos metade é considerada tóxica. Com 1700 colaboradores, 220 agências e tecnicamente falido, o banco tem uma insuficiência de capital na ordem dos €2,2 mil milhões, provisões para imparidades de cerca de €1,8 mil milhões, apesar de algumas melhorias em termos de resultados.
Hoje sabe-se apenas que já estão criadas as três sociedades-veículos anunciadas para receber os ativos ‘tóxicos’ e tornar o BPN mais apetecível a eventuais compradores.
Só o crédito malparado acomodado num dos veículos ascende a €2,5 mil milhões. A gestão destes será feita por quatro administradores do BPN — Lourenço Soares, Rui Pedras, Jorge Pessoa e Mário Gaspar. As contas do BPN em 2010 ainda vão refletir a consolidação destes ativos, pelo que o buraco continua, embora o apoio da CGD através dos financiamentos com aval do Estado tenha sido transferido para os veículos, como decorria da lei do Orçamento do Estado para 2010, que pressupunha a venda do banco. Na prática a situação não se altera substancialmente: as imparidades permanecem na esfera do Estado.
Tratou-se de uma operação de “movimentos escriturais”, ou seja, “não houve dinheiro a rolar”, referiu uma fonte próxima da operação. Os veículos emitiram obrigações no valor de €3,9 mil milhões com garantia do Estado, que a CGD tomou. Através desta operação, parte do financiamento da CGD ao BPN foi pago sendo agora os veículos os devedores.
O financiamento remanescente que a CGD concedeu ao BPN com aval do Estado permanecerá no BPN. A saída dos veículos libertará o banco das elevadas provisões para imparidades, sendo necessária uma injeção de €500 milhões para que funcione autonomamente. Será mesmo essa a solução?
Expresso 08.01.2011


Isto cheira ou não cheira a trafulhice?
Tanto palavreado contra os banqueiros irresponsáveis que lançaram o mundo na crise e agora é o próprio Estado a jogar com os famosos "veículos" que transportam os não menos famosos "activos tóxicos".
A única diferença é que os banqueiros impingiram os "activos tóxicos" aos otários enquanto o Estado português parece querer reservá-los para si, ou seja, para nós.
Então o crédito malparado que "ascende a €2,5 mil milhões" está a débito de quem? quem é que se apropriou dessa massa toda? não se exige o pagamento a quem ficou com esse dinheiro?

Estes "veículos"  faz-de-conta, puxados por burros que somos nós, hão-de levar-nos longe.

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segunda-feira, janeiro 10, 2011

Democracias com vergonha na cara

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O antigo deputado Trabalhista David Chaytor foi hoje condenado a 18 meses de prisão por ter reclamado o reembolso de despesas falsas no valor de 22 mil euros.
O antigo político, de 61 anos, torna-se assim no primeiro político a ser condenado na sequência do escândalo das despesas dos deputados que surgiu em maio de 2009. A sentença foi hoje anunciada no tribunal de Southwark, em Londres, por um juiz, que considerou os actos do político "um desrespeito da confiança" atribuída pelos eleitores.
Chaytor já se tinha declarado culpado de três acusações de contabilidade falsa, no valor de 18. 350 libras (22 mil euros). Uma das acusações refere-se às despesas de 5425 libras (6,45 mil euros) que teria feito entre Setembro de 2007 e Janeiro de 2008 pelo arrendamento de uma casa que se descobriu mais tarde ser propriedade da mãe.
O ex-deputado acabou por confessar que não tinha pago à mãe, que vivia numa casa de repouso e entretanto morreu, e reconheceu que arrendar uma casa de um familiar não era permitido. David Chaytor também reclamou de forma irregular quase 13 mil euros (15,4 mil euros) pelo arrendamento de um apartamento perto do Parlamento, em Westminster, que afinal era propriedade dele. Finalmente, reclamou 1950 libras (2,3 mil euros) com faturas falsas por serviços de apoio informático que nunca chegou a receber.

O escândalo rebentou no Verão de 2009, quando o jornal "Daily Telegraph" teve acesso a um CD onde estavam listadas todas as despesas dos deputados com a segunda residência, aquela que usam no exercício das suas funções, seja em Londres ou no círculo pelo qual foram eleitos. Os deputados podiam pedir o reembolso por despesas directamente relacionadas com trabalho político, mas soube-se então que o Parlamento pagava frequentemente trabalhos de jardinagem e decoração, mobílias cara e outras extravagâncias.
Alguns deputados venderam com lucro casas que recuperaram com dinheiros públicos e as investigações concluíram que seis parlamentares cometeram ilícitos criminais. Chaytor, entretanto expulso do Labour, tornou-se o primeiro a ser condenado.
Extractos das notícias do DN e do Público

Felizmente há democracias em que basta pouco mais de um ano para se punir quem, apesar de ocupar cargos políticos de relevo, deita indevidamente a mão a recursos que pertencem a todos os cidadãos. Felizmente há partidos e parlamentos que, em prazo ainda mais curto, expulsam tal tipo de prevaricadores.

Infelizmente há outras democracias em que este tipo de desfecho, mesmo ao fim de muitos anos, nunca acontecerá (e nunca aconteceu). Basta lembrar, a título de exemplo, o famoso caso das viagens dos deputados que, como todos os outros, se esvaiu e acabou por eclipsar.

Nestas democracias, quando alguém levanta questões sobre eventuais falcatruas é apenas para animar campanhas eleitorais descrentes da vitória.
Não lhes passa pela cabeça, deus nos livre, punir seja quem for.
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domingo, janeiro 09, 2011

Um país do camandro

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Despesas recordes em ano de crise
360 milhões para organismos que o Governo prometeu extinguir
Pagamos 28 ou 29 mil carros
A cada 12 dias nasce uma fundação
Políticos já não são obrigados a actualizar que rendimentos têm todos os anos
Ilegalidades dominam contas partidárias nos últimos anos

Este foram alguns dos títulos, em apenas dois dias, do Diário de Notícias.
E entretanto o que é que o país discute?
Discute se um certo candidato ganhou há dez anos umas massas (talvez menos do que um ordenado mensal do nosso Cristiano), tirando partido das suas relações pessoais e políticas (coisa que, aliás, raramente acontece em Portugal).
Discute também se um outro candidato guardou, ou não, a fabulosa quantia de 1.500 euros ganhos a fazer propaganda a um banco que, soubemos depois (mas muito depois), era uma autêntica ratoeira para os euros.

Somos um país do camandro.

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sábado, janeiro 08, 2011

Um país contagioso

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Referindo-se a um artigo a publicar na segunda-feira na revista alemã Der Spiegel, a AFP revela que o periódico alemão, sem citar fontes precisas, afirma que "peritos" dos Governos da Alemanha e da França esperam que Portugal se coloque sob a assistência da União Europeia para evitar um contágio da crise da dívida para Espanha ou Bélgica.

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sexta-feira, janeiro 07, 2011

Com lugar para todos





Os administradores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) Norberto Sequeira da Rosa e Pedro Oliveira Cardoso integram a partir de hoje o conselho de administração do BPN, um dia depois de terem sido designados para o cargo.

Na sequência do processo de nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN), anunciada domingo pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, devido a perdas acumuladas no valor de 700 milhões de euros, os dois actuais administradores da CGD começam a partir de hoje a acompanhar o funcionamento da gestão da instituição financeira.
TSF 03.11.2008

Lisboa, 07 jan (Lusa) -- O primeiro-ministro fez hoje uma separação clara entre as gestões do Banco Português de Negócios (BPN), dizendo que a privada (de Oliveira e Costa) é considerada "criminosa", e que a atual (pública) é "competente" e "honesta".
José Sócrates falava aos jornalistas na Assembleia da República, no final do debate quinzenal, depois de interrogado sobre a situação do BPN.
Para o primeiro-ministro, a atual gestão do BPN, entregue pela Assembleia da República à Caixa Geral de Depósitos, "tem sido competente e capaz, lidando com um situação muito difícil, porque o banco tinha resultados líquidos negativos na ordem dos dois mil milhões de euros".

Entre estas duas notícias passaram dois anos e mil e trezentos milhões de euros de prejuizo. Embora Sócrates ponha as mãos no fogo pela actual gestão do BPN fica por esclarecer por que razão os prejuizos de 700 milhões, em 2008, passaram a ser prejuizos de 2.000 milhões, em 2011. O futuro dirá se 2.000 é, também ele, o número verdadeiro daqui por dois anos

Uma coisa é certa, 2.000 milhões é muito dinheiro. Não é possível dissimular uma fraude desta dimensão. Se alguém se apropriou desse montante tornou-se imensamente rico.

O que mais me espanta é ninguém perguntar aos responsáveis actuais do BPN o que é que concluiram depois de dois anos de acesso a informação previlegiada do banco.
Que golpes foram dados e por quem? Que montantes foram indevidamente apropriados e por quem?

Estas perguntas são bem mais simples e adequadas do que as perguntas que estão a ser feitas a Cavaco Silva. Se Cavaco for culpado até tem, como qualquer criminoso, o direito de ficar calado para não se incriminar a si próprio.
Mas se ele tem o direito a ficar calado a Administração do BPN tem a obrigação de nos dizer se encontrou na papelada algum indício de responsabilidades, ou ilegalidades, do candidato Cavaco na derrocada do BPN.

Esclareçam-nos lá para acabarmos com a palhaçada em que se converteu a campanha para as presidenciais. Ou estão mais interessados nas potencialidades da confusão?

quarta-feira, janeiro 05, 2011

O caso de uma grande portaria

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A contribuição extraordinária sobre o sector bancário, anunciada pelo Governo como a forma de a banca contribuir em 2011 para a crise financeira, está ainda pendurada por falta de portaria regulamentadora, nota o jornal Público esta quarta-feira.
De acordo com fiscalistas consultados pelo jornal, sem portaria não há contribuição extraordinária. "Até lá, não creio que possa ser aplicada ou exigida a nova contribuição", afirma Rogério Fernandes Ferreira.
"Agora, sem portaria, a lei aprovada, embora me pareça válida, permanece ineficaz", declara por seu lado António Carlos Santos.
A taxa da contribuição está prevista desde a apresentação do OE2011 em Outubro passado. Conforme anunciado pelo Governo, o novo imposto poderia variar entre 0,01 e 0,05% sobre o passivo apurado, deduzido dos fundos próprios de base ou complementares e dos depósitos abrangidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos.
Dinheiro Digital 05.01.2011

Aos cidadãos é que não há portaria que os salve.

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A história ensina mas nem todos querem aprender

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O candidato presidencial Manuel Alegre desafiou esta terça-feira Cavaco Silva a revelar pormenores sobre a venda das suas acções do BPN, designadamente se as vendeu ao presidente do banco e porque razão elas se valorizaram em 40% em pouco tempo.
Público 04.01.2011

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No dia 14 de Abril 1976, o jornal "O Diário" acusou Sá Carneiro de dever mais de 30.000 contos à banca nacionalizada.
O "escândalo" andou pelos jornais, pelos comícios, pelas paredes e pelos tribunais durante vários anos.



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Apesar do "escândalo",  Sá Carneiro e a sua AD venceram duas eleições, com larga maioria, em 1979 e 1980.

A história ensina mas nem todos querem aprender.

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terça-feira, janeiro 04, 2011

Cerimónia de encerramento da Expo de Xangai

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Cerimónia de encerramento da Expo de Xangai.
Dedicado a todos aqueles que ainda pensam que os chineses são uns bárbaros.

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Crise e sacríficio

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Portugal foi fortemente afectado pela crise económica em 2010 (??), mas o ano que agora terminou foi o melhor dos últimos oito para o sector automóvel, que não registava vendas tão elevadas desde 2002, indicam os dados ontem publicados pela ACAP-Associação Automóvel de Portugal.
Entre Janeiro e Dezembro comercializaram-se 223.491 ligeiros de passageiros, o que representou uma subida de 38,8 por cento face a 2009. Este número só tinha sido melhor em 2002, quando o mercado registou 228.574 ligeiros comercializados.

Público 03.01.2011

Esta notícia, como outras que publiquei recentemente acerca dos levantamento e pagamentos com cartões de crédito, mostram que a narrativa sobre a crise é mais uma ficção perniciosa.
Era bom que os portugueses percebessem que, no que toca a sacrifícios, ainda não viram nem da "missa a metade". Talvez assim evitassem precipitar-se na compra de carros novos importados, provavelmente a crédito, aumentando o já enorme endividamento externo.
O Belmiro de Azevedo costumava gabar-se de só trocar de carro de dez em dez anos; talvez seja essa a atitude certa para enriquecer. Já o nosso governo, e também a nossa oposição, falam dos "enormes sacrifícios" actuais do povo quando deviam era estar a prepará-lo para o intenso empobrecimento que, com toda a probabilidade, nos atingirá a todos num futuro próximo.

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segunda-feira, janeiro 03, 2011

Estratégias energéticas

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Entrou hoje em funcionamento o primeiro oleoduto que liga a Rússia, o maior produtor mundial de petróleo, com a China, o segundo maior consumidor de energia do planeta.


Os especialistas notam que a instalação, que vai da Sibéria à cidade chinesa de Daquing, irá permitir um rápido aumento das exportações de crude entre os dois países, já que até agora o petróleo russo era transportado para a China por comboio.


Moscovo espera que o novo oleoduto deverá permitir a exportação para o Extremo Oriente de cerca de 300 mil barris de crude por dia, reduzindo de modo dramático a dependência do país nos seus clientes europeus, já que até agora a Rússia só tinha oleodutos que corriam para a Europa.


Na cerimónia de abertura do oleoduto, cuja construção custou 16 mil milhões de euros, financiados em parte por créditos concedidos por bancos chineses, o administrador-geral da PetroChina, Yao Wei, afirmou que este marca "o início de uma nova fase na cooperação energética sino-russa". Até 2014 será ainda construída uma nova secção do oleoduto, que cobrirá então uma distância de 4.700 km.


Económico 02.01.2011

domingo, janeiro 02, 2011

Entradas exóticas

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O Festival da Neve e do Gelo em Harbin, na China, vai abrir no dia 5 de Janeiro. Faz lembrar as esculturas na areia, mas em muito maior escala e com muito mais frio.
Quem apreciar este tipo de coisas ainda está a tempo de apanhar o avião e fazer uma entrada exótica em 2011.